Guardiões da Humanidade - Colegiado Curitiba

Água Viva – O fluir de uma experiência

Por Aline Tatsch Dias

Neste ano, meu feriado de carnaval foi diferente, estive em Belo Horizonte, Minas Gerais, participando da produção do remédio energético Água Viva, cuja fórmula, atualmente, está sob os cuidados da Sociedade Everilda Batista e foi transmitida pelo espírito Joseph Gleber através da mediunidade de Robson Pinheiro, em 1997. A finalidade dele é “fortalecer o equilíbrio energético”. A distribuição deste remédio é totalmente gratuita para as pessoas que passam por orientação espiritual nos atendimentos oferecidos pelas instituições citadas e instituições parceiras.

A flor, de mesmo nome do remédio, é o ingrediente principal e seu princípio ativo é trazido por meio de um “fenômeno de transporte” que ocorre em uma reunião específica para esta finalidade, chamada de reunião de ectoplasmia, durante a qual os espíritos desmaterializam o princípio ativo da planta nativa lá no Himalaia e trazem para a água nas câmaras de materialização na Clínica Holística Joseph Gleber. Outras plantas e ervas entram na composição do remédio, que também recebe a energia doada pelos voluntários durante a preparação pelo processo de magnetização.

São flores, sementes, cascas, raízes e muito amor!!!

Os recursos para a produção do remédio são arrecadados em campanhas específicas, toda a mão de obra, aproximadamente entre 80 e 120 pessoas, é voluntária. O valor arrecadado é aplicado nos insumos necessários e na preparação adequada do ambiente de produção, que atende a todos os requisitos de um laboratório.

Os espíritos pedem que esse remédio não se torne uma panaceia e ressaltam que ele é apenas uma parte do tratamento, que é holístico e não substitui cuidados médicos.

As instituições da UniSpiritus, da qual faço parte pelo Colegiado de Guardiões da Humanidade de Curitiba, são responsáveis pela preparação e pela distribuição desse medicamento espiritual. Ao longo de quatro dias de trabalho voluntário, uma transformação pessoal foi se processando lenta e profundamente dentro de mim, e quero compartilhar alguns aspectos dessa experiência transformadora!

Vale destacar, porém, que todo o planejamento e preparação começou alguns meses antes deste encontro. Segundo nos informaram, desde outubro de 2021, várias pessoas estiveram envolvidas na arrecadação de recursos, na coleta das plantas e ervas e na limpeza energética do ambiente.

Minha participação teve início, assim, na sexta-feira de carnaval. A primeira coisa que senti, ao entrar pelo corredor para guardar as malas, foi o aroma das plantas!

Foi dia de higienização, limpeza e preparação do ambiente e dos materiais que seriam utilizados nos dias seguintes, quando efetivamente a produção aconteceria. O cuidado com a vibração, com a energia envolvida na preparação, era palpável e muito gostoso de sentir. Nas frases cuidadosamente impressas e fixadas nas paredes da Clínica Holística Joseph Gleber, eu podia sentir os valores que sustentavam o trabalho.

Uma delas dizia: “É preciso aliar a simplicidade ao ato de saborear o fruto, degustar a realização e sentir o prazer de ver Cristo nascer em nós a cada dia, em cada mínima coisa que fizermos”.

No sábado, os primeiros a chegar foram os músicos. Na distribuição dos grupos de trabalho, havia sempre um voluntário preparado para conduzir os cantos durante todas as atividades. Pude perceber o quanto a música alegre e cheia de ritmos exercia um papel indispensável na sustentação energética. Como uma grande colmeia trabalhávamos alegres, cantando. Alguns vídeos curtos destes momentos podem ser vistos no Instagram: @everildabatista e @robsonpinheiro_oficial.

Após um café da manhã descontraído, tivemos uma grande reunião de abertura com uma prece, aplicação de passes magnéticos em todas as pessoas e orientações referentes aos procedimentos de higiene e cuidados necessários para a paramentação adequada dos voluntários envolvidos na produção do “remédio”. Outras funções como cozinhar, fazer a manutenção e limpeza do ambiente também eram necessárias, e houve um cuidado especial no revezamento, na distribuição das equipes de forma a proporcionar experiências e aprendizado de funções diferentes para todos. Havia líderes presentes em todas as equipes.

Tivemos várias reuniões ainda neste dia que era dedicado também à materialização do princípio ativo. Com certeza, foi um dia muito especial para todos. As reuniões, os cantos e as orações mantinham o quantum energético necessário e fomos avisados de que nossos pensamentos e emoções influenciariam na porção energética do remédio, de forma que o exercício consciente de um padrão de pensamentos tranquilos foi uma experiência muito interessante e desafiadora. Foi algo como se alguém lhe pedisse para meditar o dia todo… parece difícil, né?! Entretanto, isso foi colocado com toda a simplicidade possível: “Mantenham seus pensamentos no que estamos realizando e não se ocupem das questões e pessoas que estão lá fora neste momento, pois não podemos fazer nada por elas agora.” Guardei isso em minha mente, pois é uma instrução perfeitamente viável para tornar a vida mais leve todos os dias!

O domingo foi o segundo dia de produção e o nosso terceiro dia lá. Um clima de emoção estava presente desde o amanhecer, quando as ervas seriam manipuladas. O processo, que é chamado de “maceração”, para facilitar o entendimento, é o momento em que ocorre uma detalhada preparação e a transmissão efetiva de energia das pessoas presentes para compor a parte energética da medicação. Os espíritos participam de todas as etapas da produção, mas suas manifestações foram singelas e pontuais. O amor era palpável, estava no ar e emanava de todos, “encarnados e desencarnados”. Afinal de contas, somos todos espíritos em evolução, você já parou para pensar nisso? Eu ouvi isso lá, somos todos uma grande equipe que trabalha em conjunto.

Leonardo Möller fez a leitura e comentários do texto bíblico que está no capítulo 4 do evangelho de João, no qual eu destaco o versículo 10: “Se você conhecesse o dom de Deus e quem está pedindo água, você lhe teria pedido e dele receberia água viva”. https://www.bibliaon.com/joao_4/.

Nesse momento da produção, percebi dentro de mim que aquilo era muito mais do que sua preparação, mas que estávamos todos sendo trabalhados internamente e transformados de alguma forma muito suave. Eu podia ver em cada rosto, em cada gesto!

O último dia, segunda-feira do feriado de Carnaval, foi dedicado ao envase, rotulagem e finalização do processo. O carinho com as pessoas que vão receber o “remédio” estava presente no cuidado com a apresentação impecável do produto. A tarefa era de plena atenção e realizada com a mesma alegria que permeou todo o processo.

Para alguém como eu, que já teve experiência profissional na área de gestão de pessoas, houve muito aprendizado nesse formato de distribuição das tarefas. Dois paradigmas administrativos foram especialmente quebrados: primeiro, a ideia de que ao colocar pessoas por experiência prévia ou afinidade em determinadas funções se obtém maior produtividade − o propósito ali era outro, ensinar e proporcionar experiências diversas; segundo, o pensamento de que ao dar tarefas urgentes para pessoas que já estão com elevada carga de trabalho faria com que fossemos atendidos mais rápido, − ao contrário, as tarefas foram equitativamente distribuídas de forma a envolver e valorizar todas as pessoas.

Talvez por sermos todos voluntários, ou pela atmosfera de harmonia e alegria de servir que se destacava no grupo, conseguimos alcançar um nível de produtividade invejável com tamanha leveza e elevada energia, algo que me surpreendeu muito. Percebi que este ideal com uma postura diferente, uma visão de mundo colaborativa e participativa, que alguns de nós conhecemos como “Nova Terra”, é perfeitamente possível aqui e agora. Não com seres humanos diferentes ou “mais elevados”, mas sim com pessoas “normais” como todos nós. Pessoas como você e eu. A emoção de perceber tudo isso acontecendo é indescritível.

Quem quer e quem tem de fazer, vai e faz – e basta.” (atribuído à Madre Teresa de Calcutá).

Que as bênçãos desse momento cheguem a todos os corações!

Revisão: Janice Mansur
Edição: Gisele Scafuro e Karen Suckow
Pesquisa: Simone Mueller Rodrigues
Imagem: Facebook Casa de Everilda Batista